domingo, 19 de junho de 2016

DEMONSTRAÇÃO DA IRA DE DEUS EM ROMANOS

Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Romanos 1:24
A ira de Deus nada mais é do que um ato de abstenção? A ira de Deus é um julgamento antecedido por um ato de desobediência. A ira de Deus tem uma ação, é bem verdade, porém não seria um ato tão ativo quanto passivo. Deus se abstém, pula fora, lava as mãos, entrega o homem ao sentimento que ele busca. Desta maneira se revelou a ira de Deus na Carta de Paulo aos Romanos 1:18 Podemos pré-supor que não é de fato algo estabelecido de antemão por ele mesmo, mas na verdade uma resposta dele a um ato humano, cometido livremente. Demostra o interesse divino que aquele homem que sofreu o julgamento pela ira, não optasse inicialmente por aquele caminho, Expressando desejo de que houvesse arrependimento antes que fosse aplicada justiça pela ira de Deus.
"E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu" AP 2:21
Na carta, Paulo deixa claro que a ação de Deus foi nada mais do que entregar os homens a disposição que já vinham buscando. Na continuidade Paulo fala "Para que tivessem em si mesmos o seu castigo" ou seja, a ira de Deus se revelou deixando os homens livres para enganarem a si mesmos e se afundarem em seus próprios pecados e delitos.
A mensagem- 28ª "Uma vez que eles não se importaram em reconhecer Deus, Deus desistiu deles e os deixou por conta própria."
O texto deixa cristalina a real intensão de Deus de não os abandonar em seus delitos, porém "obrigado" pelo caráter de Justiça, os têm que deixar. Esta separação culmina num desregrar do sentido legítimo de moral, perca da realidade e sobriedade. O abandono em sí já é o castigo, mas ele vem acompanhado de perca de alguma funções do homem. Este parece ser o próprio castigo que Paulo cita no texto. Vejamos Tiago :
"Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia."
Tg 1:14 A palavra alicia pode ser traduzida como engodo, engano. Esta palavra no original grego é "deleazo" tem por significado (atrair com uma isca, seduzir, fascinar, enganar através de agrados) Percebemos então que um dos aspectos da punição pela justiça de Deus é liberar o homem para que este se engane. Deus entende que a verdade é uma dádiva, um bem precioso, e vê o engano e engodo como um mal terrível. A confusão causada na mente do homem pela entrega de Deus à disposição carnal é tão degradante quanto qualquer outro tipo de punição no corpo. A perca da realidade moral, leva o homem a um lugar devastador. Este é o uso do diabo para todo àquele que insiste em seu pecado. Enquanto a santidade traz sobriedade construtora, o pecado te leva a uma embreagueis enganosa e destrutiva. Entendemos então que a ira de Deus neste capítulo é basicamente representada pela retirada de um tipo de proteção que de alguma forma impede o homem de se enganar. Sendo um ato de abandono, sim! Porém não escolhido por Deus de antemão, mas decidido pelo homem através do ato de insistir em continuar a fazer sua vontade carnal.