quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Músicos e a Igreja Protestante Cotidiana

A música causando mudanças na igreja cotidiana.
A igreja protestante brasileira teve um avanço considerável nos últimos 30 anos se tratando do contexto musical, aquilo que antes era visto como um problema, agora já se entende como solução. Era evidente a resistência que a igreja oferecia à entrada de novos instrumentos no oficio do culto.
Antes somente com órgão piano ou harpa eram organizados os hinos que se ministravam a Deus através da congregação. Com a evolução da igreja protestante brasileira, Depois de 20 anos tivemos um grande e rápido nível de aceitação no tocante a novas tendências, novos ritmos e instrumentos, a entrada do violão era um espanto a principio, apesar de que eram poucos os crentes que não tivessem um exemplar idêntico em casa.
Após a entrada da guitarra, as portas tinham que se abrir para a bateria, que hoje tenho certeza que foi o ultimo instrumento a ser absorvido pelos “litúrgicos protestantes”.
A abertura foi ainda maior, quando nós passamos a variar ritmos dentro da igreja, desde então com a entrada de todo o tipo de instrumentos elétricos na igreja, a música de qualidade tem perdido força, se antes nós tínhamos uma pequena orquestra ou pianista para nos acompanhar nos hinos, hoje tivemos que nos adequar a qualquer tipo de música que esteja nas “paradas do sucesso gospel dos crentes”. Hoje nem se quer perguntamos se a música realmente tem sentido espiritual e até mesmo musical. É claro que o avanço musical que sofremos nos últimos anos foi significativo, embora nem todas as mudanças cooperaram para a cultura musical Evangélica.
O que é produzido hoje pelos “ cantores e bandas de louvor” é somente uma forma de conseguir dinheiro ou fama o bastante para se sobrepor. Entendo que toda generalização é burra, por outro lado se nós continuarmos selecionando as músicas que fazem sucesso, estaremos sempre no limite do medíocre, além de termos certeza de que dificilmente uma repertório de qualidade espiritual e musical altos farão tanto sucesso quanto um Rock enlatado e traduzido pelos cantores nacionais.
É bem fácil de notar que existe uma industria muitíssimo lucrativa por traz da “fama” que os “pop Stars” evangélicos tem.
Onde fica a dignidade dos músicos da igreja? Se você é um músico profissional dentro de qualquer instituição religiosa neste pais, certamente sofrerá os danos causados pela elevação desta corrente. A maioria das pessoas só ouve o que está em evidência, e como mostrar para estas pessoas que a música em evidencia na maioria das vezes é a mais pobre?
Onde fica nossa cultura musical? Onde estão os nossos corais? Para onde foram os músicos de orquestra?
Todas estas são perguntas que os músicos experientes realmente se fazem. Será que os músicos profissionais são vistos como necessários nas igrejas hoje? É provável que não, se realmente é bem mais fácil lhe dar com músicos amadores, em que precisamos de músicos profissionais?
Será que estas palavras são mentirosas? Entendo que estamos sofrendo uma depressão, acredito também que chegaremos a um equilíbrio, mais quanto tempo realmente teremos que esperar?
Há de se ter um equilíbrio entre o que se coloca como repertório em nossos cultos, do contrario seremos apenas a figura estereotipada de qualquer ministério de sucesso.

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